quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Pescadinha de rabo na boca

Tenho uma amiga espanhola, de Sevilha, que trabalha em Lisboa. Em conversa passando pelo TGV, perguntei-lhe da experiência espanhola com a AVE, Alta Velocidad.
Houve no início uma discussão semelhante à que por cá assistimos (ou assistiamos, já que o TGV foi recentemente "referendado" em sede de eleições legislativas...). Hoje os comboios estão sempre cheios, especialmente aos fins-de-semana, com turistas de e para outras cidades espanholas. "Às cidades ficaram tãn pertinho. É increible como ainda discutem isso!"

Em algumas visitas recentemente a Espanha, confesso que passei a admirar um pouco mais a 'forma de fazer' dos nossos vizinhos. Nada de 'os outros é que são bons', mas dá a sensação que interiorizaram melhor a ideia de que é preferível estruturar bem os processos, em sentido lato, o que notei especialmente no que concerne à gestão dos espaços públicos de várias cidades.

O contacto com pessoas e espaços de outras geografias mostra novos horizontes, dá a conhecer outros modelos mentais, dos quais faz sentido retirar o que de melhor têm. Neste sentido, a alta velocidade poderá desempenhar um papel importante em Portugal. Entrando no domínio do surreal, apetece-me dizer que é pena que ainda cá não esteja, a moldar mentalidades que mais facilmente a aceitassem.

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